Os terceiros molares são os últimos dentes a nascer, geralmente entre os 16 e 21 anos. Por conta disso, foram apelidados de “dentes do juízo”. Tão logo eles chegam, porém, costumam ser arrancados. Neste caso, a relação direta não é com o juízo, mas, sim como uma questão estrutural mesmo.
É que, normalmente, os sisos, estão muito próximos de regiões delicadas. Na arcada inferior, suas raízes, quando formadas, têm contato muito próximo com o nervo alveolar - que dá sensibilidade aos dentes inferiores a toda a região da mandíbula.
— Desta forma, é mais seguro, e menos mórbido, realizar a cirurgia antes dessas raízes estarem com sua formação completa. Isso, porém, deve ser avaliado caso a caso, através de radiografias — explica a Dra. Carla Lohn – cirurgiã-dentista, especialista em Implantodontia e Saúde da família.
De modo geral, isso acontece também entre os 16 e os 21 anos, mas varia de acordo com o desenvolvimento de cada pessoa.
— Nessa idade, também, o tecido ósseo ainda não é tão denso, tornando a cirurgia mais simples — complementa a Doutora. Dente do juízo, terceiros molares merecem atenção especial
Os sisos já chegam causando problemas. Na verdade, é que quando eles nascem, já temos idade suficiente para lembrar o quanto esta experiência é ruim. Ao romper a gengiva, causam dor, inflamação e até infecção. Assim como os demais dentes, os terceiros molares doem também em virtude de cárie, doenças gengivais, compressão do nervo mandibular e reabsorção da raiz do dente vizinho. Em casos mais extremos, podem desenvolver cistos e tumores.
— Por isso a importância de o adolescente procurar um cirurgião-dentista pra fazer a avaliação e acompanhamento do melhor momento para realizar a cirurgia de remoção, caso ela seja indicada — finaliza a Dra. Carla Lohn.
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